Tudo o que Santa Cruz não quer nestas eleições é o jogo do “nós contra eles” ou do “bem contra o mal” que o grupo do ex-prefeito Otacílio Parras (PL, ex-PT, ex-PSB) tenta emplacar na cabeça do eleitorado mesmo tendo acusado o candidato derrotado Luciano Severo, que hoje voltou com o ex – de quem se distanciou para disputar a prefeitura –, de ter feito isso quatro anos atrás.
Os ataques não partem exatamente de Otacílio – que também faz críticas, mas que até agora soube controlá-las –, e sim de emissários que jogam sujo e sabem que assim o fazem, a exemplo de lideranças do MDB local. O problema é que o candidato-chefe dá aval a essa patifaria.
Não se enganem. Trata-se de eleição municipal, que não segue necessariamente a rígida estrutura partidária a nível nacional. De nada adianta se dizer a favor da família e contra certas políticas se o cargo de prefeito não tem poder sobre nenhuma dessas questões. Ao menos não até criarem – e no Brasil até o passado é incerto, bem é sabido – o cargo de vereador federal.
Dizem por aí que Diego foi filiado ao Psol e etc. Isso ocorreu, ele diz desde 2020, a pedido de Carlos Giannazi em 2013 por uma emenda que o deputado estadual destinou à Santa Casa, onde o mandatário trabalhava na época. O bom é que o prefeito não nega o passado – como tentam fazer aliados de Otacílio com a história do ex-prefeito no PT.
Mas ninguém fala também que o irmão de Juninho Souza é pré-candidato a vereador de Bauru pelo PT que o consanguíneo tanto condena em Santa Cruz. Mas criticar só vale se o alvo for o adversário. Aos amigos tudo vale.
*A opnião dos nossos colunistas não refletem, necessariamente, a opnião do jornal página d.
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