A disputa entre a “direita” e a “esquerda” ganhou realce no palco político de Santa Cruz do Rio Pardo. Os grupos políticos engajados na pré-campanha eleitoral de 2024 estão tentando jogar, um para o outro, o rótulo de “esquerdista”.
Lembremos que, nas últimas décadas, o atual presidente Lula (PT) nunca ganhou a preferência do eleitorado santa-cruzense.
Segundo o jornal Debate, o ex-presidente Bolsonaro venceu as eleições na cidade com 81,75% dos votos em 2018 e 72,31% em 2022. Ainda conforme o Debate, no segundo turno de 2022, Santa Cruz do Rio Pardo “deu a Bolsonaro o maior índice de votação de toda a região”.
Contudo, fazemos coro à conclusão do saudoso jornalista Sergio Fleury Moraes em seu jornal Debate: “Curiosamente, embora tenha um perfil conservador, o eleitorado de Santa Cruz do Rio Pardo não leva muito a sério a questão partidária quando a eleição é municipal”.
Acreditamos nisto. A eleição municipal majoritária não deverá ser decidida com base nas preferências partidárias do passado deste ou daquele político.
O ex-prefeito Otacílio (PL) foi filiado ao PT e ao PSB, dois partidos de esquerda e com pautas contrárias ao conservadorismo. O atual prefeito Diego (PSD) foi filiado ao PSOL, também com interesses contrários aos conservadores.
Ambos foram eleitos, apesar da filiação em partidos de esquerda.
Na verdade, a população quer ver remédio no posto e iluminação pública decente; quer ver ruas recapeadas e médicos no posto de saúde. A ideologia não foi preponderante nas disputas municipais nas últimas eleições municipais.
Curiosamente, Otacílio (PL) já tinha recusado o PL em 2015, mesmo tendo a oferta do comando daquele partido na cidade, conforme reportagem do jornal Santa Cruz News da época. Naquela oportunidade, Otacílio Parras explicou sua escolha: “É um partido que não é de direita, é socialista, e como eu tinha um compromisso com o vice-governador Marcio França, decidi pelo PSB”.
Nada disto importa muito. Ganhará quem amassar mais barro e sujar mais a botina na corrida eleitoral. O resto é chorumela.
*A opnião dos nossos colunistas não refletem, necessariamente, a opnião do jornal página d.
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