Diversidade geracional é o nome dado a um conjunto de pessoas de diferentes faixas etárias que convivem em um mesmo ambiente. No contexto corporativo, o conceito serve para designar os profissionais de idades distintas que trabalham em uma mesma empresa ou setor dela - uma realidade cada vez mais presente.
Pela primeira vez na história, quatro gerações estão trabalhando ativamente juntas -- e isso é uma ótima notícia.
Em um mesmo escritório ou empresa, tem se tornado comum encontrarmos membros das gerações Z (nascidos a partir do fim dos anos 1990), Y (nascidos entre 1981 e meados da década de 1990), X (nascidos entre 1960 e 1980) e os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) e é natural que pessoas nascidas em épocas e contextos diferentes tenham suas próprias formas de comunicação e prioridades e competências distintas.
Cada uma dessas gerações traz consigo diferentes perspectivas, habilidades e expectativas e aproveitar essa diversidade pode ser uma grande oportunidade para as organizações, independentemente de seu porte. A dinâmica entre essas gerações proporciona um ambiente de constante aprendizado e crescimento. As trocas de experiências enriquecem projetos, trazendo perspectivas diversas que impulsionam a criatividade e a inovação.
Por outro lado, por se tratar de um contexto novo e pela presença cada vez mais constante da tecnologia, apresenta desafios que precisam ser cuidadosamente gerenciados. Existem, por exemplo, preconceitos e estereótipos associados a essas diferentes gerações, sendo comum ouvirmos que os mais velhos são resistentes à tecnologia ou que os mais jovens são descomprometidos. Esses estereótipos podem minar a colaboração e a confiança nos espaços de trabalho e precisam ser evitados.
Afinal, como lidar com essas diferenças e o que fazer para aproveitar o que há de positivo nessas maneiras distintas de encarar o mundo?
Já dizia Winston Churchill que é preciso coragem para levantar-se e falar, mas também é preciso coragem para sentar-se e ouvir. Trazendo para o contexto da diversidade geracional, considero fundamental criarmos relacionamentos a partir da escuta ativa e verdadeira das experiências alheias. Esse comportamento empático e respeitoso, que gera senso de pertencimento, é ferramenta potente na criação de ambientes de trabalho harmoniosos e colaborativos.
Segundo David Livermore, em seu livro Driven by Difference (Movidos pela Diferença, em tradução livre para o português), o caminho para a criatividade está na diferença e não na homogeneidade. De acordo com ele, quando equipes plurais são bem geridas (ênfase na importância de líderes que reconheçam e valorizam a diversidade), existe um imenso potencial para a inovação, tanto nos aspectos operacionais e internos, quanto em seus resultados em produtos e serviços. Em síntese, a consequência natural é o surgimento de uma marca mais competitiva e prestigiada no mercado, com relevantes ganhos reputacionais.
E você, tem valorizado a diversidade de ideias, experiências e expectativas e promovido ambientes cada vez mais prósperos, inovadores e produtivos? Vamos juntos!
*A opnião dos nossos colunistas não refletem, necessariamente, a opnião do jornal página d.
Mín. 14° Máx. 29°