Dez anos depois, o artista santa-cruzense Guca Domenico retorna à sua terra natal com o show “Os Bons Tempos Não Acabam”, que será apresentado no dia 15 de setembro, às 20h, no Palácio da Cultura Umberto Magnani Neto, com entrada franca.
“Em qualquer segmento artístico, os clássicos se tornaram clássicos porque passaram no teste do tempo e resistiram às ondas e aos modismos passageiros. Não se trata de saudosismo, tampouco de acreditar que ‘antigamente é que era bom’. Hoje também tem muita música boa, mas preservar a memória musical é preservar patrimônio cultural de um povo.”
Este é o ponto crucial do novo projeto do músico poeta Guca Domenico: revisitar os clássicos da Música Popular Brasileira em vários segmentos (caipira, bossa nova, MPB, seresta, jovem guarda e romântico) resgatando músicas que estão no inconsciente coletivo. Com a suavidade de seu violão e sempre um bom papo durante a apresentação, ao trazer essas canções para a cena atual, inevitavelmente o público canta junto – e esta é a melhor parte do espetáculo.
Afora isto, Guca Domenico é contador de histórias e em seus 45 anos de carreira acumulou muitas delas que divide com o público, contextualizando as canções para melhor aproveitamento. Apesar do repertório falar por si com beleza e sensibilidade, nunca é demais contar um pouco do entorno que motivou o compositor a escrever sua obra. E isto o bardo santa-cruzense faz com maestria.
Vindo de uma família de músicos amadores (à exceção do primo Mário Nelli), a música sempre esteve presente em sua vida, com pai e irmão tocando violão e as irmãs ao piano. Quando morava em Santa Cruz, o músico poeta assistia a programas de viola na rádio Difusora, aos sábados de noite, onde aprendeu a apreciar nossa música caipira. Como consequência dessas audições, Guca Domenico escreveu duas músicas (“A banana deu no pé” e “Espere eu chegar”) que fizeram parte do álbum-solo Semente Caipira, de Pena Branca (da dupla com o irmão Xavantinho, vencedor do Grammy Latino, 2002).
Outra música raiz que está presente no show é “Tocando em Frente”, do amigo Almir Satter - que tocou no primeiro álbum do Língua de Trapo, grupo do qual Guca Domenico é um dos fundadores.
No show de um romântico incorrigível não pode faltar algum clássico de Roberto e Erasmo Carlos, claro. “Evidências”, verdadeiro hino nacional, também faz parte do show. “Mania de Você”, de Rita Lee, “Sentado à Beira do Caminho” e “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno” não podem faltar. E também músicas falando de amor que fazem parte dos 7 álbuns-solo do próprio Guca Domenico.
Como diz o rei Roberto: “São tantas emoções...”
Paula Valente, uma das principais instrumentistas da Orquestra Jazz Sinfônica fará participação mais do que especial no show tocando sax soprano e flauta transversal. Musicista requisita no Brasil e no exterior, Paula Valente é a partner ideal para Guca Domenico, eles fazem dupla há quase 30 anos. O entrosamento aconteceu no primeiro ensaio. Por coincidência, nasceram no mesmo dia 23 de maio.
Guca Domenico espera o que sempre tem em sua terra natal, isto é, um público quente e participativo, plateia recheada de amigos de longa data e novos conhecidos das redes sociais e de quando era cronista do Debate, do saudoso Sérgio Fleury Moraes.
“Uma certeza: será uma noite mágica porque... os bons tempos não acabam!”
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