A história de Dona Natalina Miranda da Silva, de 69 anos, que há quase seis décadas busca por notícias do irmão desaparecido ainda bebê, ganhou destaque além das páginas do jornal página d. Após a publicação da reportagem na edição de 20 de julho, a Record TV Paulista, sensibilizada pelo relato comovente, produziu uma matéria sobre o caso, registrada na quinta-feira (29).
A equipe de jornalismo da emissora, formada pela repórter Halime Goes e pelo cinegrafista Marcos Jeziel, esteve em Santa Cruz do Rio Pardo para captar de perto os detalhes e emoções dessa longa busca por Batista Miranda da Costa. A história de Natalina, que viu seu irmão mais novo ser levado de sua casa na zona rural por um homem estranho e uma madre, ganha novos contornos a cada recontagem, agora potencializada pela cobertura da televisão.
A recordação daquele dia fatídico em 1965 nunca deixou a memória de Natalina. Um jeep escuro estacionou em frente à casa simples onde ela morava com a mãe viúva e outros sete irmãos. O homem, descrito como alto e magro, usava bigode e uma boina. Ele estava acompanhado de uma madre, que era conhecida da família e gerenciava uma creche na cidade. Prometeram levar Batista para tratamento de saúde, pois o bebê estava doente, e afirmaram que o trariam de volta. “Ele disse que iria mudar o nome do Batista e pediu a certidão de nascimento. Minha mãe, muito fragilizada, entregou o documento a ele”, relembra Natalina, emocionada.
Desde então, Batista nunca mais foi visto pela família. A madre, que mais tarde adoeceu e morreu, sempre dava desculpas, dizendo que o menino estava viajando ou que havia ido para Portugal. Natalina nunca acreditou nessas histórias, e a ausência do irmão tornou-se uma ferida aberta em sua vida. “Minha mãe sofreu muito com isso. Ela tentou de todas as formas encontrar o Batista, mas nunca conseguiu”, conta.
Agora, com a produção da matéria pela Record TV Paulista, a história de Natalina e Batista atinge um público ainda maior, ampliando a esperança de que alguém possa reconhecer os detalhes do caso e fornecer novas pistas.
“Queremos saber como ele está, se está vivo. Nós, irmãos, somos muito unidos. Sabemos que seria um milagre, mas a esperança nunca morreu em cada um de nós”, afirma Natalina. Ela guarda com carinho a certidão de nascimento de Batista e a única foto que tem do irmão, um bebê no colo dos outros irmãos, como relíquias de uma memória que luta para não se apagar.
Dona Natalina faz um apelo: caso alguém tenha informações que possam ajudar a localizar Batista Miranda da Costa, entre em contato com o jornal página d ou com a equipe de reportagem da Record TV Paulista.
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