Faleceu no último dia 15 de setembro, aos 96 anos de idade, Oswaldo Magnani. Nascido em 29 de março de 1928, ele foi um dos alfaiates mais tradicionais de Santa Cruz do Rio Pardo e dedicou sua vida não apenas à profissão, mas também ao trabalho voluntário. Filho de Humberto Magnani e Eliza Bressanin Magnani, Oswaldo veio de uma família conhecida na região, sendo irmão de Fermino, Pedro, Cláudio e Exedil Magnani.
Sua história profissional começou na década de 1940, em um tempo em que Santa Cruz contava com poucas alfaiatarias e a confecção de roupas era uma arte manual e valorizada. Ao lado de seu irmão Fermino, que mais tarde daria nome à creche "Fermino Magnani", Oswaldo se tornou uma referência no ofício. Juntos, os irmãos conduziram uma alfaiataria que servia tanto a população urbana quanto rural, refletindo uma época em que o terno e o paletó eram itens indispensáveis do guarda-roupa masculino.
Apesar de sua relevância como alfaiate, Oswaldo nunca se limitou a apenas uma área de atuação. Ele também se aventurou como goleiro amador da Associação Esportiva Santacruzense, sendo lembrado por sua habilidade e paixão pelo esporte. Além disso, sua veia artística o levou a participar de peças teatrais locais, incluindo o famoso grupo “Chuva e Guarda-Chuva” e encenações da "Paixão de Cristo", eventos que marcaram a cena cultural da cidade.
Entretanto, foi no trabalho vicentino que Oswaldo encontrou uma de suas maiores realizações. Por diversas vezes, ele presidiu a Sociedade São Vicente de Paulo e o Asilo São Vicente de Paulo, onde liderou esforços para cuidar de idosos e ampliar o atendimento. Sob sua gestão, o asilo chegou a abrigar mais de 150 internos, e sua dedicação ao voluntariado foi um legado que permanecerá na memória daqueles que o conheceram. Além disso, ele foi um dos fundadores do Lar da Criança Fermino Magnani, uma homenagem ao irmão, e atuou ativamente em causas sociais ao longo de sua vida.
Casado com Nadir Barbieri Magnani, Oswaldo deixa um legado de dedicação à família, ao trabalho e à comunidade. Sua história reflete a simplicidade e a profundidade de quem soube valorizar o ofício manual, a ajuda ao próximo e o afeto pela cidade onde nasceu e viveu.
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