Faleceu na terça-feira, 17, aos 59 anos, o dramaturgo e diretor teatral Paulo Faria, uma figura central do teatro brasileiro e cofundador da companhia “Pessoal do Faroeste”, baseada em São Paulo. Natural de Belém, ele havia voltado à cidade em 2022 após mais de três décadas de atividade teatral na capital paulista.
O ator Beto Magnani, integrante do Pessoal do Faroeste e amigo de Paulo, relembra com carinho a relação do dramaturgo com Santa Cruz do Rio Pardo. “A nossa primeira peça foi 'Um Certo Faroeste Caboclo'. Um grande sucesso que acabou inclusive dando o nome da companhia. O primeiro lugar que nos apresentamos fora de São Paulo foi Santa Cruz. Foram três sessões lotadas no Icaiçara Clube. Essa cidade tem uma importância muito grande na trajetória da companhia”, relatou Magnani. A turnê que começou em Santa Cruz do Rio Pardo percorreu todo o interior de São Paulo, chegando ao norte e nordeste do Brasil, levando o teatro revolucionário de Paulo Faria a diversos públicos.
Paulo era conhecido não só por sua arte, mas também por seu ativismo social na região da Luz, em São Paulo, onde manteve por anos a sede da Companhia Faroeste, um espaço que combinava arte e apoio social para a população vulnerável. Projetos como o #SopãoDaLuz e o #FomeZeroLuz, iniciados durante a pandemia, exemplificam seu comprometimento com os direitos humanos, pelos quais foi premiado em 2019 pela Alesp com o Prêmio Santo Dias.
Beto Magnani ressalta que a conexão com Santa Cruz do Rio Pardo nunca se desfez. “As peças que montamos depois mantiveram essa história com Santa Cruz”, completou.
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