Viviane Maria Cardoso Saito, 43, funcionária pública de Santa Cruz do Rio Pardo, descobriu que convivia com um aneurisma cerebral após uma queda acidental no banheiro. Durante anos, suas dores de cabeça constantes foram tratadas como sinusite, até que o incidente motivou uma investigação mais profunda.
A tomografia revelou, além de trombose venosa cerebral, a suspeita de um aneurisma, confirmado posteriormente por exames detalhados. A cirurgia delicada para a clipagem do aneurisma foi realizada com sucesso, e Viviane agora alerta para a importância de dar atenção aos sinais do corpo e buscar diagnóstico médico precoce.
No dia 13 de fevereiro de 2024, durante o Carnaval, Viviane sofreu uma queda no banheiro de sua casa, batendo fortemente a cabeça. Embora tenha passado o dia aparentemente bem, na noite do acidente começaram a surgir sinais de desorientação, esquecimento de objetos simples e uma dor de cabeça insuportável. Ao procurar atendimento na UPA, ela não conseguiu realizar a tomografia devido à alta demanda, sendo medicada para dor e liberada.
Porém, a situação se agravou. Na quarta-feira de cinzas, Viviane acordou com fortes dores de cabeça e desorientação ainda mais severa. Novamente, buscou atendimento médico e, dessa vez, foi encaminhada para a Santa Casa, onde uma tomografia revelou uma trombose venosa cerebral e a suspeita de um aneurisma. A queda foi crucial para que se chegasse a esse diagnóstico, pois, até então, suas fortes dores de cabeça eram tratadas apenas como um quadro crônico de sinusite.
“Eu sentia muita dor de cabeça, mas nunca imaginei que poderia ser algo tão sério”, relata Viviane. “As dores interferiam muito nas minhas atividades cotidianas, mas sempre tratei como sinusite.”
Durante seis meses, Viviane passou por tratamento para a trombose com medicamentos específicos, enquanto a suspeita de aneurisma permanecia sob investigação. Uma angiorressonância confirmou o diagnóstico, e ela foi encaminhada com urgência para a cirurgia de clipagem do aneurisma, realizada no Hospital Universitário de São Paulo (UNIFESP). A operação, financiada pelo SUS, foi um sucesso, e agora ela passa por acompanhamento neurológico contínuo.
“Toda essa experiência mudou minha visão sobre a saúde. Precisamos dar atenção aos sinais do corpo, e sentir dor de cabeça constante não é normal”, afirma Viviane. "Sou muito grata a Deus e aos profissionais que me acompanharam. Eu me senti muito bem assistida em todo o processo."
A descoberta do aneurisma não só trouxe mudanças na rotina de Viviane, mas também reforçou sua vontade de alertar outras pessoas sobre a importância de cuidados preventivos. Ela faz questão de compartilhar sua história, especialmente com mulheres, que são mais propensas a desenvolver condições como aneurisma. “Acredito que, se eu tivesse buscado ajuda de um especialista antes, talvez tivesse descoberto o problema mais cedo”, reflete.
Agora, Viviane quer utilizar suas redes sociais para conscientizar outras pessoas sobre a importância de um acompanhamento médico regular. “Estou à disposição para contar mais sobre minha experiência e tirar dúvidas de quem precisar”, finaliza, com um recado claro: prestar atenção ao corpo e buscar auxílio profissional pode salvar vidas.
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