Santa Cruz do Rio Pardo recebe nos dias 13 e 14 de outubro, três sessões do musical A Borboleta Sem Asas, que circula pelo interior do Estado de São Paulo em nova versão. As apresentações gratuitas acontecem no Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto.
Criado em 1996, o musical traz a história de Babi, uma borboleta que nasceu sem asas. Certo dia, ela decidiu ir, com as outras borboletas, até o lago onde foi destratada por conta de sua deficiência. Ao preferir ir até o lago pela terra, conheceu diversos outros insetos que a ajudam em sua trajetória, como a abelha Abel, o caramujo Magnólio e o vagalume Lamparino, entre outros, cada um com sua particularidade. A Borboleta Sem Asas é uma obra de César Cavelagna, com dramaturgia de Marcos Ferraz, músicas de Marcos Okura, Ricardo Brunelli e Vinícius Loyola, direção musical de Vinícius Loyola e direção artística de Paula Flaibann e Bebel Ribeiro.
A peça, que ganhou versão atualizada em 2019, foi criada a partir de um desejo de César Cavelagna e Marcos Okura de discutir o assunto da deficiência com os pequenos. O sucesso da abordagem foi tamanho que A Borboleta Sem Asas ganhou duas montagens profissionais para o palco, uma delas da extinta Cia de Teatro Rock, de Ferraz, Okura, Fezu Duarte e Fábio Ock; e outra criada por estudantes ao fim de uma oficina de teatro, além de uma adaptação audiovisual para o programa Teatro Rá-Tim-Bum, da TV Cultura.
A nova versão, com direção assinada por Bebel Ribeiro e Paula Flaibann, aposta na proximidade com as crianças da nova geração. Para isso, algumas adaptações foram feitas, como músicas que flertam mais com o pop. Outra mudança é que na versão original as borboletas que hostilizam Babi eram modelos e agora elas são digital influencers. “É uma versão da Borboleta para os anos 2020”, diz Marcos Okura, que acompanhou o processo de criação da peça como supervisor artístico.
O espetáculo é composto por 10 músicas. O diretor musical Vinícius Loyola apostou em diferentes gêneros e referências que alcançam crianças e adultos. Pop, rock, tango, disco e axé integram a trilha sonora. Os figurinos, de Juliana Sanches, fogem do óbvio na representação dos insetos. “Não quisemos nada muito realista, há apenas alguns elementos do figurino que remetem ao inseto em questão, mas isso só se revela mesmo pela dramaturgia”, contam as diretoras.
A peça foi viabilizada pelo Grupo Trapiche de Teatro, que tem como essência de seus estudos encontrar pontos de intersecção entre o teatro musical, o cinema e o teatro clássico ou teatro de texto. “Trazer um tema de tamanha relevância como esse, em um país onde ainda sofremos com a falta de apoio e preocupação com o portador de necessidades especiais num espetáculo voltado para o público de crianças e jovens, colabora no debate e age como agente facilitador para a discussão principal”, conta Nayana Gomes, do Grupo Trapiche.
Além de Santa Cruz do Rio Pardo, o musical também passará por São Pedro do Turvo, na Praça João Paulo II, no dia 12 de outubro e em Assis, no Teatro Municipal, no dia 18 de outubro.
Confira a programação nas cidades:
São Pedro do Turvo
Dia 12 de outubro – 18h
Local: Praça João Paulo II - Vila Bom Jesus
Santa Cruz do Rio Pardo
Dia 13 de outubro – 18h
Dia 14 de outubro – 9h e 14h
Local: Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto
R. Conselheiro Dantas, 220 - Bairro São José
Retirada de ingressos com uma hora de antecedência.
Doação antecipada para escolas e ONGs.
Assis
Dia 18 de outubro - 18h
Local: Teatro Municipal de Assis. Endereço
R. Floriano Peixoto, 757 - Centro, Assis - SP
Mín. 18° Máx. 25°