No mês de conscientização sobre o câncer de mama, a história de Andreza Aparecida Lustosa Nogueira, 43, professora de Desenvolvimento Infantil da prefeitura de Registro-SP, revela uma luta marcada pela fé e pela determinação. Diagnosticada com câncer de mama aos 39 anos, Andreza decidiu contar como foi sua trajetória, que vai além do sofrimento e das dificuldades.
Em fevereiro de 2021, após sentir uma ardência na mama esquerda, Andreza procurou ajuda médica. O autoexame revelou um pequeno caroço, levando-a a consultar a ginecologista. Após mamografias e ultrassonografias, a confirmação do nódulo maligno a deixou em estado de choque: “Senti meus pés saírem do chão”, relata. O diagnóstico, que trazia a sombra do câncer, fez com que Andreza enfrentasse um turbilhão de emoções, especialmente ao pensar em sua filha, Maria Izabel, que na época tinha apenas quatro anos.
Encaminhada para o Instituto de Oncologia do Paraná, Andreza foi atendida pelo oncologista João Antônio Guerreiro, que apresentou as opções de tratamento. A decisão foi pela quimioterapia, que começou em maio de 2021 e se estendeu até novembro do mesmo ano. Apesar dos efeitos colaterais severos, como náuseas e queda de cabelo, ela manteve uma atitude positiva. “Pensei na minha filha e na minha mãe. Era isso que me motivava”, diz.
A fé desempenhou um papel crucial em sua luta. Andreza confiou em Deus e na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, buscando conforto em sua espiritualidade. “Em momentos de desespero, rezei e pedi força. Acredito que a fé me ajudou a enfrentar os dias mais difíceis”, afirma. O apoio emocional que encontrou na religião foi um fator determinante para sua resiliência durante o tratamento.
A cirurgia, marcada para janeiro de 2022, foi adiada devido a uma infecção por COVID-19. Finalmente realizada, a mastectomia bilateral e a remoção de útero e ovários foram parte do tratamento, seguidas por várias cirurgias plásticas reparadoras. Andreza destaca a importância do suporte familiar, mencionando o apoio incondicional de seu esposo, Denis Alexandre Nogueira, 47, policial militar, e sua filha de 8 anos, Maria Izabel. “A família foi meu alicerce em momentos difíceis. Cada dia que passava, sentia que tinha que lutar por elas”, afirma.
Além da força familiar, a conexão de Andreza com Santa Cruz do Rio Pardo, onde a família de Denis reside, também foi importante durante sua recuperação. “Toda a força e apoio que recebi foram fundamentais. Sem isso, o caminho seria muito mais complicado”, comenta. A cada 15 dias, as visitas à cidade eram uma oportunidade de renovação, cercada pelo carinho dos familiares.
Ao encerrar seu relato, Andreza ressalta a importância do diagnóstico precoce. “Faça o autoexame e procure ajuda médica. A detecção precoce faz toda a diferença”, conclui. Sua experiência não apenas informa, mas também serve como um alerta para outras mulheres, trazendo uma mensagem de esperança e encorajamento no enfrentamento do câncer de mama.
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