Conforme o livro de Gênesis 4:16, depois de assassinar Abel, Caim foi obrigado a deixar sua terra natal e criou a primeira cidade da história.
Portanto, a primeira cidade foi construída sobre maus sentimentos. Logo, a política da cidade construída por Caim foi erigida, também, por (e sobre) isso.
E o que vemos por aí é justamente a herança de Caim: mentiras, ódios, traições e quejandos. Vale lembrar que Caim mentiu quando indagado sobre o paradeiro de Abel.
A cidade corrupta de Caim (Enoque, também nome de seu filho) não gerou a democracia, mas a patocracia, termo criado por Andrzej Åobaczewski em sua obra Ponerologia: Psicopatas no Poder.
Patocracia é a imposição de injustiças sociais geradas pela “crise espiritual generalizada da sociedade”, com degeneração da razão e da estrutura social que causam a sua replicação espontânea por ciclos quase sempre intermináveis.
Ora, não há patocracia no governo forjado sobre pesquisas falsas, mentiras sobre dívidas públicas inexistentes, intimidades vazadas, compra de imagens para ferir comunidades religiosas e ranço interminável?
Padecemos do espólio do primeiro assassinato e da primeira cidade, lidando com psicopatas, ditadores e coronéis que obtêm o poder por meio de métodos espúrios.
Nos currais eleitorais do país, os atos de Caim são repetidos aos montes e prevalecem sobre a inocência dos seus moradores.
O coronel é o filho de Caim. Nós somos os herdeiros de Abel. Enoque ainda existe.
Porto seguro
Não existe porto seguro na corrutela. Só para os apaniguados. Fujam para as montanhas.
* A opnião dos nossos colunistas não reflete, necessariamente, a opnião do página d.
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