Futuro da Ummes
Tudo leva a crer que Guilherme Gonçalves, prefeito eleito de Ourinhos, deve assumir também a presidência da União dos Municípios da Média Sorocabana (Ummes) a partir de 2025. É bem provável que sequer haja outro concorrente na eleição marcada para o segundo semestre do ano que vem e Guilherme seja aclamado como o novo chefe do consórcio por seus pares, resultado de um “acordão” - acordo grande - político . Com ele no poder, a maior novidade será a volta de Ourinhos para o Samu regional, após o atual prefeito, Lucas Pocay, romper com o bloco e tentar implantar um malfadado sistema próprio de atendimento de urgência e emergência.
Caixa de Pandora
Agora vamos ao que realmente importa, sem meias palavras: é premente que se faça uma devassa na Ummes e que se lance luz sobre seus porões. Licitações suspeitas, cabide de empregos e contratos rejeitados pelo TCE com claros indícios de direcionamento são apenas a ponta do iceberg. A Ummes tem sido usada para cooptar veículos de imprensa, beneficiar aliados políticos e garantir “boquinhas” para apaniguados. Durante a última campanha eleitoral, houve até quem trabalhasse para candidatos na região sendo pago pelo consórcio. A Ummes é uma bomba de potencial nuclear. É papo para cadeia mesmo. De gente que entrou numa pior e saiu rica, seja com patrimônio declarado ou oculto.
Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo, como os dois maiores municípios do bloco, terão um papel decisivo. Dito isso, deixo aqui a seguinte indagação - e já peço antecipadamente desculpas pelo linguajar vulgar, mas não me ocorre melhor expressão: GUILHERME GONÇALVES E OTACÍLIO ASSIS TERÃO CULHÕES PARA PASSAR A UMMES A LIMPO? Eu, pessoalmente, acredito que sim. Aguardemos.
Educação na berlinda
Santa Cruz do Rio Pardo corre o risco de começar o ano letivo sem material didático e sem transporte escolar para os estudantes do ensino fundamental, médio e universitário. Falhas e adiamentos nas respectivas licitações colocam em xeque o comando da pasta e de outros setores do atual governo envolvidos no processo. 2025 deve começar conturbado em uma das mais importantes secretarias municipais.
Barrados no baile
O advogado e futuro secretário de Administração, Gagrione Fernandes, foi barrado nas reuniões de transição de governo que começaram nesta semana na prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo. Mesmo tendo sido escolhido como coordenador de transição pelo prefeito eleito Otacílio Assis, Gagrione foi impedido de acompanhar os trabalhos. O mesmo teria acontecido com João Zarantoneli, que deve ocupar a secretaria de Finanças e também a função de interventor da Santa Casa de Misericórdia. Consta que eles foram “enxotados” pelo próprio prefeito Diego Singolani, em tom de voz alterado, na frente de funcionários da prefeitura. Uma verdadeira torta de climão. Um secretário teria alegado que o impedimento aos dois integrantes do grupo de Otacílio seria para não “politizar” a transição. O estranho é que Fernando Rampazo e Letícia Gabriela da Silva, que ocupam exatamente cargos de chefia na Administração e Finanças, respectivamente, estiveram nas reuniões da transição representando o time do prefeito Diego.
Sobre meninos, bagres e lobos
Com algumas exceções, Otacilio tem anunciado uma porção de “bagres” para ocupar postos importantes no seu terceiro governo. São políticos que endossaram sua campanha, aliados de longa data, amigos fieis, gente que foi leal a ele e, mesmo sem promessa de cargos, está sendo recompensada de alguma forma. Estão longe de serem perfis técnicos, como sempre pregou Otacilio.
Entretanto, anotem: em seis meses, poderemos ter uma grande renovação nesses quadros. Seria o tempo suficiente para que Otacilio esteja “quite” com todos aqueles que o ajudaram. A partir daí, quem conseguiu se ajeitar, bem, quem não, “um abraço pro gaiteiro”.
Quem avisa amigo é...
Condenados na esfera criminal, em qualquer instância, não podem ser nomeados para cargos de confiança na administração direta e indireta de Santa Cruz do Rio Pardo. Existe lei que veda isso. Inclusive, há outra legislação que trata, especificamente, da proibição de nomeação de condenados por violência doméstica.
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