Sábado, 14 de Dezembro de 2024
19°C 25°C
Santa Cruz do Rio Pardo, SP
Publicidade

Quando a máquina assume, o homem perde mais que o emprego

Coluna da Gisuelma

28/11/2024 às 14h27
Por: Colunista Fonte: Gisuelma Rosseto
Compartilhe:
Quando a máquina assume, o homem perde mais que o emprego

Na jornada da humanidade, o trabalho sempre representou mais do que uma forma de sustento. Ele é a expressão do ser criador, o meio pelo qual nos conectamos ao mundo e sentimos que pertencemos a ele. Já dizia o ditado “O trabalho dignifica o homem”. A capacidade de realizar, superar desafios e dificuldades, transformar ideias em realidade não é apenas uma necessidade econômica; é um alicerce psicológico e existencial. 

Mas parece que esse pilar anda ameaçado. Muitas empresas, guiadas exclusivamente por números e metas de produtividade, têm deixado de lado a valorização do trabalhador como ser humano criativo. E, com a ascensão tecnológica, esse cenário pode se agravar. Como destacou Elon Musk em uma entrevista, o maior problema futuro quanto a evolução tecnológica não será apenas o aumento do desemprego causado pela automação - auxílios governamentais poderão suprir tais situações, mas o maior dano será o vazio existencial que pode surgir em uma sociedade onde a criação humana perde seu espaço.

Continua após a publicidade
Anúncio

Essa situação já é evidente hoje em muitos jovens que, ao terem tudo facilitado, acabam se perdendo em um mar de falta de propósito que traz muitas vezes vidas depressivas. 

Em uma sociedade cada vez mais automatizada, será crucial encontrar maneiras de preservar a essência do trabalho como realização humana, incentivando práticas que valorizem a criatividade, a colaboração e o impacto social das ações individuais, que gerem a sensação de conquista.

Mais do que um meio de sobrevivência, o trabalho é um portal para o autoconhecimento, para a realização e reconhecimento. Quando somos privados disso, enfrentamos um vazio que nada mais pode preencher. A psique humana precisa da experiência de criar, de superar dificuldades e de sentir o gosto da concretização de algo que importe.

Mais do que nunca, precisamos rediscutir o papel do trabalho na construção de uma sociedade saudável para além do tempo de ócio criativo, descanso com vivências familiares, mas ainda para o bem da saúde emocional na realização.

Que caminhos podemos construir para garantir que a automação e a IA sejam ferramentas que libertem o potencial criativo e realizador humano, em vez de suprimirem sua essência? A urgência de respostas é cada vez maior. Não se trata apenas de pensar em como o homem será "útil" em um mundo dominado por máquinas, mas em como ele continuará a se sentir humano e parte ativa de um todo maior.

*A opinião dos nossos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do página d.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Gisuelma Rosseto
Sobre o blog/coluna
Gisuelma Rosseto é formada em Administração pela FAESO, especialista em Direito Internacional e Econômico pela UEL, especialista em Formação Profissional e Tecnológica pela Faculdade SENAI e especialista em Gestão de Negócios pela USP.

Atua desde 2008 como palestrante e com orientação em gestão de negócios para pequenas empresas, juntamente ao Sistema S e também particularmente.
Ver notícias
Santa Cruz do Rio Pardo, SP
21°
Chuva

Mín. 19° Máx. 25°

22° Sensação
3.75km/h Vento
94% Umidade
100% (18.39mm) Chance de chuva
05h27 Nascer do sol
06h59 Pôr do sol
Dom 24° 19°
Seg 29° 18°
Ter 30° 16°
Qua 32° 17°
Qui 30° 16°
Atualizado às 17h08
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 6,04 -0,06%
Euro
R$ 6,35 -0,05%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,64%
Bitcoin
R$ 646,646,48 -0,40%
Ibovespa
124,612,22 pts -1.13%
Publicidade