A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura irregularidades no programa ProBem (instaurada a partir de reportagem deste página d, vale ressaltar) chega à reta final com mais ganhos do que perdas.
A CPI ganhou credibilidade e tem o dever de mantê-la até a votação do relatório final. Isso significa dizer que a conclusão da investigação não pode se limitar a responsabilizar políticos – mas também profissionais veterinários que abusaram (para dizer o mínimo) da iniciativa.
Ouvi do início ao fim a entrevista do prefeito Diego Singolani (PSD) a este jornal. Vi – como todos vimos – um mandatário acuado, visivelmente nervoso que sempre desviava o foco de perguntas dizendo ter seguido religiosamente o contrato.
Para quem afirma acompanhar tanto o contrato, porém, causa surpresa a declaração de que decidiu instaurar auditoria e paralisar a iniciativa quando soube do problema – segundo Diego, ele não poderia assinar algo que pudesse sabidamente prejudicá-lo.
Muito bom, não fosse o fato de que os indícios de fraude constam de prontuários muito anteriores à revelação do escândalo. O relatório da CPI, por isso mesmo, não pode poupar ninguém.
*A opinião dos nossos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do página d.
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