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Livro revela detalhes de como era Santa Cruz do Rio Pardo em 1923

Primeiros exemplares da obra resgatada foram entregues ao prefeito Diego Singolani

20/12/2024 às 14h32 Atualizada em 23/12/2024 às 15h42
Por: Diego Singolani
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Luiz Carlos Seixas foi o responsável pelo resgate da obra | Foto: Marcos Pellegatti
Luiz Carlos Seixas foi o responsável pelo resgate da obra | Foto: Marcos Pellegatti

Uma janela para o passado de Santa Cruz do Rio Pardo foi oficialmente aberta nesta quinta-feira, 19, com a entrega dos primeiros exemplares do livro "Inspeção Sanitária de Santa Cruz do Rio Pardo – 1923". O evento reuniu o prefeito Diego Singolani (PSD), o editor e compositor Luiz Carlos Seixas, responsável pelo resgate da obra, a secretária de Cultura, Renata Sartori, e outros envolvidos no projeto, como Nelson Nunes Pereira Neto. Alexandre José Lamino e Toko Degaspari.

A obra, originalmente elaborada por Luiz Costa de Abreu Sodré, um médico nascido em Santa Cruz em 1901, irmão do ex-governador paulista Roberto Costa de Abreu Sodré e filho do segundo prefeito de Santa Cruz, Francisco, homenageado com o nome do Distrito de Sodrélia, traz um levantamento detalhado das condições sanitárias e sociais do município há mais de um século. 

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O livro é resultado de um estudo acadêmico feito por Luiz Costa de Abreu Sodré como trabalho de conclusão de curso na Faculdade Paulista de Medicina, embrião da USP. Mesmo vivendo em São Paulo, o autor mantinha uma relação próxima com Santa Cruz do Rio Pardo, onde passava férias e nutria um forte vínculo afetivo. O levantamento registra questões como o número de casas, ruas e praças; a qualidade da água e do leite consumidos; as condições sanitárias de hoteis e restaurantes; e o funcionamento de serviços como iluminação pública, escolas e cemitério.

"É um documento raríssimo, algo que poucos municípios têm. Um retrato preciso e inestimável da nossa cidade há 101 anos", destaca Luiz Carlos Seixas. O exemplar original foi encontrado por Maria Luiza de Andrade, na biblioteca da USP em 1973, décadas depois Seixas liderou a iniciativa de trazê-lo ao público.

O resgate e a publicação

Livro foi entrege a prefietura nesta quinta-feira | Foto: Marcos Pellegatti

A trajetória da obra até sua publicação é, por si só, um marco histórico. Após ser doado ao IBGE local e transferido para a biblioteca pública, o exemplar permaneceu guardado por anos. Seixas encontrou o documento na década de 1990 e fez cópias fotográficas, mas o projeto de edição só se concretizou recentemente, graças à mobilização de diversos parceiros e ao apoio da Secretaria de Cultura.

"Quando conheci o prefeito Diego no velório do jornalista Sérgio Fleury, a quem o livro é dedicado, contei a história do documento. Ele imediatamente se interessou em viabilizar o projeto, e hoje vemos o resultado", relembra Seixas.

"Esse livro não teria ganhado a visibilidade que tem hoje sem o papel fundamental do jornalista Sérgio Fleury e do Jornal Debate. Foi o Sérgio quem dedicou uma matéria extensa ao livro quando ele completou 100 anos, no ano passado, reacendendo o interesse pela obra e pela importância histórica dela. O Debate sempre foi um grande incentivador da preservação da memória de Santa Cruz, e é justo que essa publicação seja também uma homenagem à contribuição dele", destacou Luiz Carlos Seixas durante o evento.

A obra foi viabilizada com recursos federais através de um edital de fomento da Lei Aldir Blanc.  A secretária Renata Sartori destaca a importância desse mecanismo: "Sem as leis de incentivo, seria impossível tirar um projeto desta magnitude do papel. Este é um documento que ficará para as futuras gerações."

História viva para todos

Capa do livro | Foto: Marcos Pellegatti

Foram produzidas 200 cópias da obra, que serão distribuídas nas bibliotecas municipais e disponibilizadas para outras cidades da região e autoridades, como explica Sartori. Além do texto acadêmico, o livro conta com registros fotográficos raros da época, tratados digitalmente para garantir maior qualidade.

"É um presente de final de mandato para todos os santacruzenses", disse Diego Singolani, ao receber o primeiro exemplar. Ele ressaltou a relevância histórica e social do documento, que, segundo ele, evidencia tanto os avanços quanto os desafios ainda enfrentados pelo município."O livro traz uma riqueza de informações que nos faz refletir sobre o passado e o presente da nossa cidade. Em 1923, por exemplo, o relatório já apontava que a Santa Casa não estava crescendo no mesmo ritmo que Santa Cruz do Rio Pardo. E aqui estamos, 100 anos depois, ainda enfrentando desafios parecidos. É uma lembrança clara de que precisamos investir mais na nossa saúde, ampliar os serviços e acompanhar o desenvolvimento do município", afirmou o prefeito. 

Mais do que um relato acadêmico, "Inspeção" permite reflexões sobre a evolução – ou falta dela – em áreas como saúde pública e infraestrutura urbana. "Santa Cruz teve o privilégio de ter um filho que registrou seu momento histórico de forma tão detalhada. Esse livro é uma inspiração para outros municípios resgatarem suas histórias", concluiu Seixas.

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