O ex-vereador Luiz Carlos Novaes Marques, o Psiu, já foi nomeado como assessor parlamentar pelo presidente Juninho Souza. Mas esse posto tem prazo de validade: Psiu vai assumir como diretor interino da Câmara na próxima segunda-feira, 13, assim que a atual ocupante do cargo sair de férias. Quando ela retornar, será exonerada, e Psiu assumirá efetivamente a direção. Fontes da coluna informam que Juninho determinou que os servidores comissionados gozem suas férias vencidas e faltas abonadas antes de serem exonerados - são os chamados cargos de confiança do presidente.
No caso de Psiu, trata-se de uma reviravolta e tanto: de quase expulso da Câmara em mandatos anteriores para aquele que agora terá as “chaves do Legislativo” na mão. Mundão girou.
O presidente Juninho Souza quer passar a limpo os gastos de seu antecessor na presidência, o ex-vereador Lourival do Raio X. A coluna apurou que Juninho deve editar uma portaria nos próximos dias instaurando uma comissão interna, composta pelo procurador jurídico e pelo contador, com o objetivo de analisar diversos contratos com fornecedores. Segundo informações, os pagamentos serão suspensos até o final da auditoria.
O presidente da Câmara estaria insatisfeito principalmente com as despesas da ampla reforma no prédio promovida por Lourival. É que boa parte da conta restou para a atual presidência quitar. Para piorar, alguns ítens que mal foram inaugurados já terão de ser substituídos, como o sistema de iluminação do plenário, que, de fato, deixou a desejar.
O preço de alguns objetos de decoração também teria irritado Juninho. Entre eles está um mobiliário adquirido para expor objetos pessoais do ex-vereador José Carlos Camarinha, que dá nome ao prédio. Apesar da justa homenagem, o valor de quase R$ 5 mil gerou desconforto na atual gestão do Legislativo.
Apesar das críticas iniciais, os frigobares dos gabinetes dos vereadores em Santa Cruz do Rio Pardo continuam firmes e fortes. Chegou-se a comentar internamente que os aparelhos eram um luxo desnecessário, mas a Câmara esbarrou num detalhe: ninguém sabe o que fazer com as 13 geladeirinhas caso fossem retiradas. Resultado? Melhor deixar como está.
A semana foi de ataques pesados por parte do prefeito Otacílio e sua equipe em entrevistas de rádio. O principal discurso? A suposta herança maldita deixada pela gestão Diego Singolani. Entre as denúncias estão atrasos no pagamento de empresas de limpeza pública, premiações de atletas e salários, inclusive os da Santa Casa.
O secretário de Finanças, João Zarantoneli, chegou a sugerir na rádio 104 FM que o pagamento dos servidores pode ser adiado para o quinto dia útil, e até cogitou antecipar a cobrança do IPTU. Segundo o discurso oficial, a nova gestão pegou a “barrosa quebrada”. Mas...
Se as denúncias de Otacílio são tão graves, cabe à sua gestão comprovar o cenário de caos financeiro. Não basta fazer barulho nas rádios; é preciso apresentar documentos ao MP e ao TCE para que tudo seja investigado. E mostrar para a população também, evidentemente. Isso não só legitima as alegações como dá ao ex-prefeito Diego a chance de se defender — ou, quem sabe, enterrar sua carreira política. Transparência nunca é demais.
Jovens, sejam naturais. Não tem desânimo que resista a uma batida de caracu, ovo de pata, catuaba selvagem e paçoquinha. Amendoim também resolve, mas tem que ser com casca. Um amigo me contou. Não entendeu? Ouça a última entrevista de Otacílio à 104 FM.
Os ex-secretários e assessores de Diego Singolani ainda não haviam recebido seus salários de dezembro nem as rescisões, que deveriam ser quitadas até ontem, 10. Até o fechamento desta coluna, não se sabe se o pagamento foi feito. A prefeitura alegou falta de recursos, mas o atraso pode gerar multa ao município. É esperar para ver.
A tentativa de adiar a eleição para a presidência da Ummes foi um espetáculo patético. Claramente, uma manobra de quem queria manter o consórcio sob o mesmo domínio de sempre. O secretário executivo da entidade alegou um “piriri” para tentar cancelar a votação. Só que foi enquadrado por um prefeito: “Se precisar, mandamos o Samu buscar você, rapaz!”. No fim, a eleição aconteceu sem ele.
A confusão foi tanta que nem os funcionários da Ummes sabiam do possível adiamento. Eles já tinham preparado tudo para receber os prefeitos, incluindo os comes e bebes. Uma papagaiada daquelas.
Durante a votação, Otacílio questionou o uso de câmera no local, e indagou se os pregões presenciais da entidade poderiam estar sendo transmitidos ao vivo, com som e imagem, naquele mesmo espaço. Ele pediu que desligassem a câmera e foi além: “Se estão transmitindo daqui os pregões, tem que ser tudo anulado”.
Vale lembrar que transmissões ao vivo, em si, não são irregulares, a menos que violem normas internas ou comprometam a competitividade da licitação. Mas que essa história levantou suspeitas e deixou todo mundo com a pulga atrás da orelha, isso é fato.
Perguntar não ofende: a caixa-preta da Ummes será aberta pela nova diretoria?
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