O vereador Cristiano Tavares (União Brasil) deve assumir a liderança do governo Otacílio na Câmara Municipal. A indicação partiu do secretário de Governo, Luciano Severo, e foi avalizada pelo prefeito.
Tavares está no segundo mandato e já trocou de lado antes, deixando Diego Singolani para se alinhar a Otacílio. Não será novidade vê-lo defendendo o governo na tribuna — o que já faz com entusiasmo. Seu antecessor, Adilson Simão, não tinha essa desenvoltura para defender Diego e, na hora do vamos ver, era mais eficiente nos bastidores do que no microfone.
O vereador Professor Duzão apresentará um requerimento nesta segunda-feira, 17, cobrando mais detalhes sobre o estranho episódio dos dois moradores de rua flagrados ateando fogo na fachada de um supermercado e, horas depois, “transferidos” para outras cidades com apoio da Assistência Social. Um deles, inclusive, teria sido transportado em um veículo da Educação.
A versão oficial diz que as viagens já estavam programadas antes do crime. Mas a coincidência é grande demais para ser ignorada. Para muitos, ficou a impressão de que os suspeitos foram despachados às pressas antes que a polícia os pegasse. Duzão promete não largar o osso até esclarecer tudo.
A climatização das escolas e creches de Santa Cruz do Rio Pardo voltou ao debate, desta vez por iniciativa do presidente da Câmara, Juninho Souza. Ele sugeriu retirar os aparelhos de ar-condicionado dos gabinetes dos vereadores e repassá-los para a Educação. A ideia soa bem na teoria, mas na prática…
O problema? Os equipamentos são de baixa potência e não dariam conta de resfriar salas de aula inteiras. Além disso, a rede elétrica das escolas precisaria passar por reavaliação para suportar a carga extra. Ou seja, não basta tirar daqui e colocar ali – o buraco é mais embaixo.
Mas pelo menos Juninho Souza cutucou o tema, jogou luz no problema. Agora, a bola está com o Executivo, que de fato pode (e deve) fazer algo. Conforto térmico para crianças e professores não é frescura, é o mínimo. Se faltar dinheiro, que se corra atrás de emendas.
Ponto positivo para Juninho por levantar a questão – mesmo que a solução não seja tão simples quanto parece.
O Executivo quer criar dois novos cargos na administração: Coordenador de Projetos Socioambientais e Assessor de Articulação de Eventos Esportivos.
A oposição não gostou. Alega que o governo vive dizendo que falta dinheiro, mas segue criando cargos. O secretário de Esportes, Marcos William Zanete, foi à Câmara defender a necessidade da nova função, mas os vereadores contrários já se mobilizam para cortar o cargo dos esportes. O embate promete.
Enquanto a União dos Municípios da Média Sorocabana (Ummes) continua atolada em contratos suspeitos e sob olhares complacentes de quem deveria fiscalizar, em Marília o cerco está fechando contra um dos parceiros da organização.
O Conselho Municipal de Saúde de lá pediu o rompimento do contrato do Samu com a Santa Casa de Chavantes, Organização Social que também administra o serviço em Santa Cruz. Motivos? Salários baixos, alta rotatividade de profissionais, medicamentos duvidosos, infraestrutura precária e falta de sede de referência. A prefeitura de Marília está analisando a rescisão.
O Ministério Público de Santa Cruz já abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades no contrato da OS Santa Casa de Chavantes com a Ummes. Melhor depender do MP mesmo, porque da nova diretoria da Ummes, infelizmente, parece que não se pode esperar nada além de "tudo como dantes no quartel de Abrantes".
Saúde da Mulher: O vereador Dr. Mauro Assis quer garantir investigação e exames para detectar trombofilia na rede municipal. A condição pode causar complicações na gravidez e aumentar o risco de trombose. O projeto está em tramitação.
"Dar Esmolas Não Ajuda": Juninho Souza, presidente da Câmara, propôs uma campanha permanente para desencorajar a prática e incentivar o encaminhamento de pessoas vulneráveis a programas sociais. Ele sugere a fixação de placas com o alerta em locais tradicionalmente utilizados para a mendicância, como o semáforo do Ginásio de Esportes.
Homenagem: Juninho também propôs a concessão do Título de Cidadão Santacruzense ao médico Paulo Sérgio Marcato, natural de Ipaussu, mas com história de dedicação à cidade. Justíssima homenagem.
Bolsa para atiradores: Edvaldo Godoy quer conceder auxílio financeiro aos atiradores do Tiro de Guerra, mas o projeto deve naufragar. A Comissão de Justiça e Redação e a Procuradoria deram pareceres contrários, pois propostas que geram despesas precisam partir do Executivo. A ideia é boa, resta saber se a prefeitura topará encampar a iniciativa.
A Prefeitura enviou à Câmara um projeto de abertura de crédito adicional de R$ 698 mil para melhorias na área do antigo aterro sanitário de Santa Cruz do Rio Pardo. A necessidade vem de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que exige adequações sob risco de penalização. O governo anterior empurrou a situação com a barriga e agora a bomba pode estourar no colo de Otacílio.
A polêmica começou porque, no primeiro texto enviado à Câmara, os recursos para a obra foram indicados como parte do empréstimo de R$ 30 milhões que o ex-prefeito Diego Singolani queria contrair para a construção da malfadada ponte da Estação - a gestão passada incluiu o valor do empréstimo como possível receita para o orçamento deste ano.
Entretanto, a própria base de Otacílio, que na época insistia que esse dinheiro deveria ser utilizado exclusivamente para a ponte e brigou para que o projeto fosse alterado, viu incoerência na mudança de destino. O texto foi rapidamente corrigido e reenviado com outra fonte de recursos.
Vale ressaltar que o tal empréstimo nunca foi efetivado. O que existe é apenas autorização legal para a contratação do mesmo.
Nos bastidores da política de Ourinhos, o clima entre o prefeito Guilherme Gonçalves e o empresário Kiko Quagliato não é mais de lua de mel. O problema? Nomes escolhidos para o governo. Se a rusga continuar, pode sobrar até para Diego Singolani, que foi indicado por Kiko para comandar a Saúde de Ourinhos.
A Secretária de Cultura Elaine Proença anunciou a transformação do prédio da antiga Qualitá em um Centro Cultural Municipal para Santa Cruz do Rio Pardo.
Ótima iniciativa, se sair do papel. A promessa de dar função ao prédio não é nova: Otacílio já cogitou abrigar a Fundação Educacional Celso Fleury lá; Diego falava em uma central de cursos, mas depois quis vender o imóvel para tapar o buraco nas contas da prefeitura. Agora, a nova promessa é um centro cultural. Que não fique só na promessa, esperamos.
A gestão de Juninho Souza na presidência da Câmara tem sido bem avaliada internamente. No início, houve resistência, principalmente após a exoneração de servidores que ocupavam cargos de confiança havia décadas. Mas a medida se mostrou acertada, Juninho resistiu à grita já esperada nesse processo de “desmame”, e hoje a maioria dos funcionários reconhece que o trabalho na Casa está mais organizado. Mérito também da nova direção, capitaneada pelo ex-vereador Psiu.
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