Vivemos tempos em que as opiniões são armas e os debates, trincheiras. A capacidade de ouvir, tolerar e aceitar visões diferentes parece cada vez mais rara. Mas será que a verdadeira força não está justamente na humildade?
O mundo valoriza especialistas, líderes e figuras de autoridade. No entanto, ideias brilhantes podem surgir de qualquer lugar, de qualquer pessoa, independentemente do cargo ou status. O professor pode aprender com o aluno, o chefe com o funcionário, o experiente com o novato. O problema é que, muitas vezes, o orgulho nos impede de enxergar isso.
Ser humilde não é se diminuir, mas reconhecer que ninguém sabe tudo. Grandes avanços da humanidade só foram possíveis porque indivíduos tiveram a coragem de admitir suas limitações e ouvir o outro. A ciência, a tecnologia e a sociedade evoluem justamente quando há troca de conhecimento, e não quando alguém se fecha em suas próprias certezas.
Nos ambientes de trabalho e convivência, o sucesso não pertence ao mais inteligente ou ao mais eloquente, mas ao grupo que sabe compartilhar e aprender em conjunto. Uma equipe prospera quando cada um entende que sua visão, por mais valiosa que seja, não é absoluta. O respeito às diferenças e a aceitação de ideias mais sábias, ainda que vindas de quem não ocupa uma posição de liderança, são sinais de maturidade e inteligência.
A humildade e a tolerância não são fraquezas, mas forças transformadoras. Quem sabe ouvir, aprende. Quem reconhece o valor do outro, cresce. E quem aceita que não sabe tudo, se torna, paradoxalmente, mais sábio.
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