O deputado estadual Ricardo Madalena (PL), presidente da Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), liderou a última Audiência Pública sobre o Lote Paranapanema, reforçando sua posição contrária à instalação de um pedágio na Rodovia Raposo Tavares (SP-270).
O encontro reuniu prefeitos, vereadores e representantes da sociedade civil, consolidando um movimento regional contra a proposta do governo estadual.
A audiência teve a participação da engenheira Raquel Carneiro, Diretora Econômico-Financeira da Companhia Paulista de Parcerias, representando a ARTESP.
Durante o evento, ela apresentou detalhes do projeto e ouviu as reivindicações dos líderes municipais, que enfatizaram os prejuízos que o pedágio pode causar às cidades e aos moradores da região.
Os prefeitos dos municípios afetados deixaram claro que são contra a instalação da praça de pedágio, defendendo que a prioridade da região deve ser o investimento em infraestrutura, saúde e geração de empregos, e não a cobrança de tarifas que penalizam a população.
Participaram da audiência os prefeitos Zé Ramiro (Itaí), Luizão (Ipaussu), Wilson (Bernardino de Campos), Filipe (Chavantes), Carlinhos Pneus (Piraju), Rodolfo Hessel (Paranapanema) e Cristiano Amorim (Timburi).
Vereadores e secretários municipais também estiveram presentes para reforçar a necessidade de condições justas para os municípios.
Compareceram o vereador Guilherme (Angatuba), os secretários Adriel Cristiano e Jhonny Roberto (Angatuba), os vereadores Reginaldo Piruá e Sargento Siqueira (Piraju), a vereadora Marina Nalesco (Itapetininga) e o assessor parlamentar Alexandre Spadafora.
O Lote Paranapanema abrange os municípios de Angatuba, Bernardino de Campos, Buri, Campina do Monte Alegre, Canitar, Chavantes, Ipaussu, Itaí, Itapetininga, Ourinhos, Paranapanema, Piraju e Tejupá. O debate focou nos impactos da concessão rodoviária para os municípios e os usuários da rodovia.
Mesmo deixando claro que é contra a instalação do pedágio, Ricardo Madalena ressaltou que, caso o governo do estado mantenha a decisão, é fundamental buscar alternativas para reduzir os danos à população. Ele apresentou 24 sugestões para minimizar o impacto da concessão sobre os usuários da Raposo Tavares.
Uma das principais propostas do deputado é substituir a tarifa fixa de R$ 6,86 entre Ourinhos e Canitar por um modelo de cobrança diluída, distribuindo o valor em três pontos menores. Com essa mudança, um usuário que pagaria cerca de R$ 14,00 no trajeto de ida e volta passaria a desembolsar aproximadamente R$ 4,50.
"O governo tem a prerrogativa de decidir sobre a concessão, mas nós, como representantes da população, não podemos aceitar medidas que prejudiquem nossa região. Seguimos firmes na luta contra esse pedágio e, ao mesmo tempo, buscamos formas de amenizar os danos caso ele seja implantado", afirmou Ricardo Madalena.
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