A Câmara Municipal volta a discutir, na próxima terça-feira (11), o projeto de abertura de um crédito suplementar de R$ 400 mil para a Secretaria de Comunicação.
Além dos vereadores, foram convidados para a reunião o secretário da pasta, Renan Alves, e o procurador jurídico da prefeitura, Rogério Scucuglia.
Renan sabe que enfrentará nova rodada de fogo cruzado da oposição, especialmente do presidente do Legislativo, Juninho Souza, que já se posicionou contra o projeto.
Na última reunião das comissões, ao ser questionado se já teve contato com representantes da agência que o governo pretende contratar, o secretário deu respostas que soaram dúbias. Esse tropeço abriu um novo flanco para ataques.
Mas o pior ainda pode estar por vir: caso Rogério Scucuglia compareça, a situação de Renan pode se complicar ainda mais. Interlocutores ouvidos pela coluna afirmam que o procurador pode trazer informações que jogarão um balde de água fria nos planos da secretaria de Comunicação.
O governo Otacílio quer assinar contrato com a agência de publicidade “Quest”, que participou de uma licitação na gestão passada, de Diego Singolani. O problema? O governo anterior desistiu de homologar o resultado, e a Quest levou o caso à Justiça, alegando que cumpriu todas as exigências e tem direito ao contrato.
Para destravar a situação, a prefeitura precisa garantir R$ 550 mil na rubrica do orçamento da secretaria de Comunicação. O governo argumenta que, com isso, terá respaldo legal para campanhas educativas e de conscientização – como as de combate à dengue –, veiculadas pela imprensa local via agência. O Tribunal de Contas, aliás, recomenda esse modelo de contratação.
A oposição, porém, bate o pé: enquanto a Justiça não decidir sobre a licitação, a Câmara não deve aprovar nada.
Nos bastidores, há quem murmure sobre um possível direcionamento de verba publicitária, mas ninguém explica como, já que os valores e veículos estariam expostos no Portal da Transparência.
Juninho Souza, por sua vez, barrou o projeto do Executivo. O prefeito Otacílio classificou a manobra como ilegal em entrevista recente à Band FM.
O secretário estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa, estará em Santa Cruz do Rio Pardo nesta quinta-feira (13), acompanhado de diversas autoridades da região. A prefeitura pediu para usar o prédio da Câmara na recepção, mas o pedido foi negado.
Dessa vez, a decisão não partiu de Juninho Souza. A reportagem apurou que a negativa veio do diretor da Câmara, Luiz Carlos Novaes Marques, o “Psiu”. Motivo: no mesmo dia e horário ocorre a reunião de comissões, que antecede a sessão ordinária. O regimento interno obriga que a reunião aconteça na data prevista, e como ela é transmitida ao vivo direto do auditório, deslocar toda a estrutura técnica seria inviável.
Com isso, a recepção ao secretário será no Icaiçara Clube.
O curioso é que eventos desse tipo deveriam acontecer na APAE ou no Centro do Autismo, por exemplo, para que o secretário tenha contato com as entidades locais. Se essas visitas já estão no cronograma, ótimo. Se não estão, fica a impressão de que o encontro será apenas mais uma daquelas reuniões onde prefeitos e vereadores se acotovelam para bajular o secretário e fazer pedidos políticos.
Esperamos, ao menos, que Marcos da Costa traga boas notícias para Santa Cruz e região.
Não pegou nada bem a decisão de Juninho Souza de barrar a viagem do secretário de Esportes, Marcos Willian Zanetti, o "Batata", no carro oficial da Câmara.
Batata acompanharia o vereador Tio Carlinhos em uma agenda em São Paulo para tratar de investimentos no esporte. Como é de praxe, pediu uma “carona” no carro da Câmara, evitando que a prefeitura precisasse deslocar outro veículo para a mesma agenda. O pedido foi negado.
A justificativa oficial? O secretário não protocolou a solicitação a tempo para que a Procuradoria da Câmara desse parecer favorável.
A real? Nos bastidores, fala-se em retaliação.
Juninho estaria revidando a negativa da prefeitura em devolver um Jetta, cedido pela gestão passada do Legislativo e atualmente em uso pela secretaria de Esportes.
O presidente da Câmara quer o carro de volta, alegando que a frota atual – um Cruze e um Mobi – não é suficiente para atender à demanda dos vereadores. Mas a prefeitura bateu o pé e disse não. A negativa teria vindo do secretário de Governo, Luciano Severo, que teria respondido a Juninho com um seco: "compra outro".
E aí o troco veio com juros.
A decisão de Juninho não considerou o impacto nos cofres públicos. Foi movida por birras pessoais e guerra de egos, algo que não se espera de um bom líder político.
Fazer política com o fígado custa caro – literalmente.
Juninho Souza declarou publicamente que não é mais vereador da base governista. Nem da oposição. Agora, se considera independente.
A afirmação foi feita ao Jornal da Band, na quinta-feira (6). E ele foi além: garantiu que será candidato a prefeito, com ou sem apoio do grupo de Otacílio.
No dia seguinte, o prefeito respondeu, nos mesmos microfones. Em sua versão "paz e amor", Otacílio minimizou, dizendo que todos os vereadores são independentes e livres para se candidatar. Mas não resistiu a uma alfinetada:
"Se ele (Juninho) já se coloca como candidato, sabemos que tudo o que ele fizer desde já é pensando na eleição. E isso não é bom", disse Otacílio.
A repercussão negativa de uma fala do vereador e médico Mauro Assis sobre prazos de exames femininos, como o Papanicolau, foi imensa.
É verdade que o estrago foi potencializado por edições fora de contexto, feitas para confundir. Mas, de qualquer forma, pegou mal.
Mauro reconheceu que precisa ser mais cuidadoso ao abordar temas técnicos em público, já que explicações médicas podem ser facilmente mal interpretadas por quem não é da área.
O Carnaval de baixo orçamento da prefeitura de Santa Cruz pode ter sido bom. Ou não. Difícil dizer. A comunicação oficial quase não divulgou nada.
Quem não foi à festa na praça do Jardim teve que se contentar com vídeos postados por foliões. Só nesta sexta-feira (7) a prefeitura soltou um release e algumas fotos para a imprensa.
E por falar em comunicação…
Seguimos sem atualizações diárias sobre os casos de dengue e notificações de Covid, que voltaram a subir.
São informações básicas para manter a população alerta.
Parodiando a "trend" do momento: primeiro a gente começa...
Então pode começar, Comunicação da Prefeitura. Já estamos em março. Nesse ritmo, lá pra dezembro é que vai melhorar.
A possibilidade de um pedágio na Rodovia Raposo Tavares fez políticos e moradores da região se voltarem contra o governador entreguista Tarcísio de Freitas.
Prefeitos e deputados têm se rebelado contra a proposta, que pode prejudicar ainda mais a economia da região que já carece de investimentos básicos.
E para piorar, o modelo de concessão é aquele velho esquema: o Estado assume os riscos e o prejuízo, mas privatiza o lucro para as grandes empresas.
Sem contar o caso escabroso da Sabesp, companhia superavitária, vendida abaixo do valor de mercado pelo “tarado do martelo de pau”.
Desse jeito, Tarcísio não vai pra Brasília não…
Neste Dia da Mulher, que também possamos refletir sobre a importância da presença feminina cada vez maior na política e nos centros de tomada de decisão.
Em Santa Cruz, uma nova liderança feminina surge e já tem causado ciumeira em alguns. Há quem aposte até mesmo que ela tem condições de “furar a fila” na disputa pela prefeitura. Tudo ainda é muito prematuro, evidentemente, mas pelo que temos observado até aqui, seja por capacidade e, principalmente, pela postura, não é exagero enxergar nela tamanho potencial eleitoral. Vamos acompanhar.
Para quem tinha alguma esperança de mudanças significativas, ou de pelo menos mais transparência na gestão do consórcio Ummes com a eleição dessa nova diretoria, infelizmente, pouca coisa ou nada mudou até agora. Só trocaram as peças.
Em recente resposta a questionamentos do MP sobre denúncias de irregularidades na base descentralizada do SAMU de Canitar, o presidente da Ummes e prefeito de Ourinhos, Guilherme Gonçalves, "passa um pano" descaradamente para o que tem acontecido naquele local e praticamente se "finge de sonso".
É preciso que algum político, quem sabe um vereador, entre nessa história, faça requerimentos, esponha as suspeitas de malfeitos, caso contrário, a Ummes seguirá sendo um instrumento para atender interesses políticos, pessoais e econocimos de meia dúzia de trambiqueiros.
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