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Caso Feitosa: “Maizena” ganha liberdade condicional e Maria da Conceição obtém prisão domiciliar

Decisão ocorre quatro meses após a prisão dos condenados no escândalo que desviou R$ 11 milhões dos cofres públicos 

21/03/2025 às 21h34
Por: Diego Singolani
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Maria da Conceição e Maizena estão fora da cadeia. FOTO: Reprodução/JORNAL DEBATE
Maria da Conceição e Maizena estão fora da cadeia. FOTO: Reprodução/JORNAL DEBATE

 

O escândalo envolvendo a família da ex-tesoureira Sueli Feitosa teve novos desdobramentos nesta semana. A Justiça concedeu livramento condicional ao seu cunhado Adilson Gomes de Souza, conhecido como Maizena, e autorizou a prisão domiciliar de Maria da Conceição Pereira Feitosa, mãe de Sueli, ambos condenados no maior caso de corrupção já descoberto em Santa Cruz do Rio Pardo. 

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As decisões foram assinadas por juízes de diferentes varas criminais e consideram critérios como cumprimento de parte da pena, bom comportamento e problemas de saúde.

Sueli, sua irmã Camila e Maizena foram presos em 19 de novembro do ano passado. Dois dias depois, Maria da Conceição também foi detida. A ex-tesoureira, condenada a mais de 21 anos de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, e sua irmã Camila, esposa de Adilson, condenada a 10 anos por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, continuam presas. 

Adilson, condenado a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, cumpriu o requisito temporal para o livramento condicional, conforme cálculo de liquidação de penas. O juiz Davi Márcio Prado Silva concedeu o benefício, destacando que ele manteve boa conduta carcerária e não há registros de faltas disciplinares recentes.

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O Ministério Público foi contrário à concessão do livramento, mas não impugnou o boletim informativo que atestava o cumprimento dos requisitos legais.

Entre as condições impostas pelo juiz para a liberdade condicional de Adilson, estão: comparecer ao Juízo da Execução Criminal no prazo de 90 dias, comprovar ocupação lícita, não se ausentar da comarca sem autorização judicial, cumprir horário de recolhimento noturno e evitar frequentar locais de reputação duvidosa.

Já a aposentada Maria da Conceição, sentenciada a sete anos em regime semiaberto, também por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, obteve o benefício da prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde fragilizado. O juiz Josias Martins de Almeida Junior concedeu a medida após parecer favorável do Ministério Público, que reconheceu a impossibilidade de tratamento adequado dentro do sistema prisional.

A mãe da ex-tesoureira da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo estava presa na Penitenciária Feminina "Sandra Aparecida Lario Vianna", em Pirajuí. A decisão judicial determina que Maria da Conceição permaneça em recolhimento domiciliar integral, com saídas permitidas apenas para tratamento médico, devendo ainda comparecer ao juízo sempre que intimada e comunicar previamente qualquer mudança de endereço.

O caso Feitosa: relembrando o escândalo

Sueli de Fátima Feitosa foi condenada em fevereiro de 2022 por desviar dinheiro dos cofres municipais em um esquema milionário. Conforme a Justiça, ela realizou 2.291 operações fraudulentas, somando R$ 3,76 milhões — valor que, corrigido até a data da denúncia, chegou a R$ 10,9 milhões.  

A fraude foi descoberta no fim de 2016, mas só em abril de 2020 o Ministério Público formalizou a denúncia. Sueli ficou presa por cinco meses, mas conseguiu um habeas corpus e foi solta. Após a revelação do caso, a prefeitura a exonerou do cargo. Seu cunhado também chegou a ser detido.  

De acordo com a acusação, Sueli era responsável por conciliar as contas bancárias de maior movimentação do município. Usando essa função, ela manipulava os registros para mascarar os desvios. A Justiça a enquadrou nos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.  

A investigação também atingiu parentes da ex-servidora, acusados de participar do esquema. Segundo o Ministério Público, eles usaram os valores desviados para adquirir bens, como imóveis e veículos, além de abrirem uma empresa financiada com o dinheiro público desviado.

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