Em entrevista à Band FM nesta quinta-feira (27), o secretário de Governo e Relações Institucionais de Santa Cruz do Rio Pardo, Luciano Severo, respondeu contundentemente ao presidente da Câmara, Juninho Souza, que o havia atacado no dia anterior, acusando-o de ser o "cão de guarda da prefeitura". Juninho já havia feito a mesma declaração em suas redes sociais no início da semana, o que motivou uma queixa-crime registrada por Severo, que detalhou a relação política entre ambos e a insatisfação com as ações do presidente da Câmara.
Durante a entrevista, Severo revelou que foi ele, com o apoio de outros membros do grupo, quem articulou a candidatura de Juninho à presidência da Câmara, apesar das divergências. Segundo o secretário, a decisão de apoiar Juninho teve como base a ideia de que ele poderia desempenhar um papel de liderança respeitoso e, ao mesmo tempo, beneficiar o grupo. “O Juninho sempre teve esse discurso de coitadinho, eu sou pobre, fui catador de lixo... Então, para nós, não o discriminamos. Demos total condição de igualdade a ele dentro do grupo”, afirmou Severo, destacando a confiança em sua candidatura.
No entanto, logo após a posse, Severo e o grupo teriam percebido que Juninho não estava disposto a seguir as orientações acordadas. “A expectativa era que ele tivesse um comportamento de lealdade para com o grupo”, disse Severo. Ele também criticou o que considerou uma “encenação” de Juninho ao afirmar que, no primeiro dia de seu mandato como presidente, ele começou a exonerar alguns funcionários de confiança sem consultar o grupo, atitude que Severo considera uma forma de perseguição.
Em relação às críticas de Juninho à administração de Otacílio, Severo foi direto: “As pessoas não mudam, elas se revelam em detrimento de tudo sobre o caráter.” Para o secretário, a suposta mudança de postura de Juninho é incoerente.
“Qual o caráter de uma pessoa que diz que queria estar no grupo do ex-prefeito, que ele criticou por quatro anos, e, de repente, muda para o nosso? Isso é incoerente, algo muito mais grave”, disse Severo. O secretário se referiu a afirmação de Juninho no dia anterior, de que ele ele queria ter saído candidato a vereador pelo grupo do ex-prefeito Diego Singolani - segundo Juninho, alguém mais “maleável” -, mas por não ter mais espaço no partido Republicanos, que foi tomado por aliados de Diego que não aceitaram a permanência de Juninho, ele teria decidido mudar para o lado de Otacílio.
Severo seguiu questionando o caráter de Juninho Souza, reiterando que ele havia se filiado ao grupo político de Otacílio de maneira livre e espontânea, e agora, com menos de três meses de administração, critica veementemente o governo e já se lança como possível candidato a prefeito em 2028.
A fala de Juninho sobre Severo como “cão de guarda” não passou despercebida. Severo expressou sua tristeza em relação ao ataque: “Fiquei muito triste, não porque ele me comparou a um cachorro, mas de maneira pejorativa, querendo me diminuir. Eu ajudei ele em todos os momentos, até nas questões pessoais que envolviam a família dele”, revelou. Para Severo, essa comparação foi uma tentativa de desqualificá-lo, algo que ele considera um ataque injustificado.
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