Dois homens acusados de envolvimento no assassinato da transsexual conhecida como “Mimi” foram presos novamente nesta semana, após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) revogar alvarás de soltura concedidos em 2024. R.A.S, de 29 anos, foi capturado na quarta-feira (2), enquanto W.A.F.C, identificado como executor do crime, foi localizado na quinta-feira (3) após ficar foragido da Justiça por um dia. As prisões foram realizadas pela Polícia Militar.
O caso remonta a abril de 2023, quando Mimi, de 32 anos, foi encontrada morta dentro de um Fiat Pálio estacionado na Avenida Rosa Pereira Nantes, em Jardim São João.
O corpo apresentava cinco perfurações nas costas, causadas por disparos de arma de fogo. Investigadores relataram que o local do crime era isolado, sem câmeras de segurança ou testemunhas.
A teia do crime
Em julho de 2023, as investigações da Polícia Civil apontaram o empresário A.O.Z como suposto mandante. Segundo depoimentos, ele teria contratado W.A.F.C para matar Mimi após ser extorquido pela vítima, que ameaçava revelar um relacionamento passado entre ambos. R.A.S, preso inicialmente em junho de 2023 por tráfico de drogas, foi identificado como o piloto da motocicleta que levou o executor ao local.
O inquérito policial, concluído em agosto de 2023, indiciou os três por homicídio qualificado. Eles foram presos pela Polícia Civil na ocasião.
Enquanto A.O.Z. teve sua prisão temporária revogada após 10 dias, R.A.S e W.A.F.C permaneceram presos até 2024, quando obtiveram liberdade por decisão judicial. O Ministério Público recorreu, e o TJ-SP ordenou a prisão preventiva de ambos novamente nesta semana.
A defesa do empresário A.O.Z conseguiu anular sua prisão em 2023, argumentando falta de provas contundentes. Já W.A.F.C confessou o crime, alegando ter recebido promessa de pagamento do empresário. Para a polícia, a motivação do homicídio foi “acerto de contas” ligado a ameaças de exposição íntima.
Os acusados devem ir a Júri Popular ainda sem data marcada.
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