Sorriso fácil. Humor jovial e sereno. Missionário Jesuíta incansável. Encantador de nações. Felicidade em anunciar e viver o evangelho de Jesus. Poderíamos, facilmente, descrever inúmeras outras características para compor o perfil do argentino que numa das visitas às terras brasileiras, exclamou: “Deus é brasileiro”, fascinado que ficou com o nosso habitual dom do calor humano e receptividade.
O jovem Jorge optou pela vocação religiosa e seguiu com profundo zelo a vivência dos ensinamentos de Jesus, até que aos 13 dias do mês de março do ano 2013 da era cristã, o Colégio Cardinalício o tornou Papa, representante máximo da Igreja Católica Apostólica Romana. Data em que escolheu ser chamado Francisco. Numa eleição surpreendente surgia o primeiro Papa Latino, primeiro em muitas de suas ações.
Severo, nas eventuais necessidades relacionadas ao clero e à doutrina da fé, sua abordagem pastoral manteve destaque nos temas referentes à justiça social e à justiça climática. No ano 2015 publicou a Carta Encíclica “Laudato Si”, em que defende como prece o cuidado da “Casa Comum”, que é a Terra e todo ser vivo. “O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e sua água vivifica-nos e restaura-nos” disse Francisco.
É preciso que, além de nossa prece de gratidão pela vida do Papa Francisco à serviço da Igreja e do povo, façamos eco à sua voz e suas atividades pregando o amor, a paz e a justiça neste mundo conturbado. Ele enfrentou todos os desafios com lucidez, firmeza, e responsabilidade, sobretudo, ao império que prioriza os bens materiais. Defendeu a vida humana de modo prioritário, acolhendo sempre os menos favorecidos, sem distinção, ensinando-nos o caminho do bem comum.
Papa Francisco manteve acesa a lâmpada da esperança para todos os povos, dialogou com todas as potências e denominações, sempre altivo e pleno na sabedoria. Ascende aos céus deixando um vazio insubstituível e um legado que apresenta “um outro mundo possível”.
Diva Fernandes - Escritora
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