Faleceu em Ourinhos, aos 72 anos de idade, a pianista, cantora e educadora Solange Vilas Boas Bianchi Gonçalves. A morte, em decorrência de complicações de fibrose pulmonar, foi confirmada pela família na tarde deste domingo (11).
Desde jovem, Solange estudou música no Conservatório Osvaldo Lacerda. Posteriormente, mudou-se para São Paulo, onde fez faculdade de música e começou a lecionar. Antes de morar na capital, ela já havia conhecido em Santa Cruz do Rio Pardo seu grande amor e companheiro de toda a vida, Ubirani Gonçalves, também músico e educador físico. O casal viveu em São Paulo por um período, até decidir retornar para a terra natal.
Ubirani tinha raízes no samba e na MPB, enquanto Solange dedicava-se ao piano clássico. Juntos, formaram uma dupla musical que unia estilos distintos. Por mais de trinta anos, tocaram em casamentos e eventos por toda região. Além de comandar o coral de Santa Cruz do Rio Pardo, Solange também atuou como maestrina e educadora em cidades como Ipaussu, São Pedro do Turvo e Bernardino de Campos. Junto com Ubirani, participou da fundação do grupo Borogodó do Samba, iniciativa para preservar o samba tradicional.
Solange e Ubirani tiveram dois filhos, Lígia e André. Sua casa em Santa Cruz do Rio Pardo era conhecida por abrigar saraus e serenatas, sempre rodeados de amigos. "A vida deles era em volta da música. Eles achavam que a música transformava as pessoas", relatou Lígia.
Solange era prima do grande indigenista Orlando Vilas Boas, também nascido em Santa Cruz. A artista foi homenageada na Calçada da Fama do Palácio da Cultura Umberto Magnani Neto.
Solange também fez parte de momentos marcantes da história cultural da cidade, como as brincadeiras dançantes do Clube dos Vinte, organizadas pelo saudoso maestro Mário Nelli.
O velório ocorrerá amanhã, 12 de maio, das 8h às 16h, no Cemitério de Santa Cruz do Rio Pardo.
Solange deixa um vazio na cena cultural da região, mas sua música e paixão pela arte continuarão a inspirar gerações.
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