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Caso “Índio”: Ministério Público denuncia Glauce Gazola por homicídio qualificado após atropelamento fatal

Promotor Reginaldo Garcia aponta dolo eventual na conduta da motorista que consumiu bebida alcoólica antes atropelar, matar pai de família e fugir do local do crime sem prestar socorro

03/07/2025 às 22h18 Atualizada em 03/07/2025 às 22h41
Por: Diego Singolani
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Foto: Marcos Pelegatti
Foto: Marcos Pelegatti

O Ministério Público formalizou nesta quinta-feira (3) a denúncia contra Glauce Cristina Alves Gazola pelo homicídio qualificado de João Basílio Ferreira dos Santos, o "Índio", ocorrido na noite de 16 de agosto de 2024. Conforme apuração do Página d, o juiz responsável já determinou a citação da acusada para responder ao processo, que avança sob a acusação de homicídio doloso com dolo eventual e qualificadora de "perigo comum".  

A denúncia, assinada pelo promotor Reginaldo Garcia, enquadra Glauce nos artigos 121, § 2º, inciso III (homicídio qualificado por exposição a perigo comum) e 18, inciso I (dolo eventual) do Código Penal, com pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão. Segundo o MP, a motorista agiu com "consciência e vontade indireta" ao assumir o risco de matar alguém ao dirigir sob efeito de álcool e fugir sem prestar socorro após atropelar João Basílio na Vicinal Plácido Lorenzetti. A qualificadora de "perigo comum" foi aplicada por colocar em risco não só a vítima, mas outros usuários da rodovia.  

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O crime remonta a agosto de 2024, quando Glauce, ao volante de uma caminhonete Toyota Hilux, atropelou João Basílio, que pilotava uma motocicleta. A vítima foi lançada à margem da pista, socorrida por terceiros e morreu horas depois no hospital. Testemunhas e laudos indicam que Glauce fugiu do local e foi encontrada em casa com sinais de embriaguez, recusando-se a fazer o teste do bafômetro ou exame de sangue. Um teste clínico posterior atestou consumo de álcool, mas não embriaguez.  

Apesar da gravidade da denúncia, Glauce permanece em liberdade. A Justiça já havia rejeitado dois pedidos de prisão preventiva apresentados pelo delegado responsável pela investigação, Valdir Alves de Oliveira, entendendo inicialmente tratar-se de homicídio culposo (sem intenção). Agora, com a denúncia formalizada por homicídio doloso, o trâmite penal entra em nova fase: após ser citada, Glauce terá 10 dias para apresentar defesa escrita. Em seguida, o juiz decidirá pela aceitação da denúncia, iniciando-se a fase de instrução probatória, com oitiva de testemunhas e perícias.  

A decisão judicial anterior havia aplicado medidas cautelares contra a acusada, incluindo proibição de dirigir e restrição de contato com testemunhas.  

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Assista abaixo a entrevista realizada com os filhos de "Índio" dias depois do acidente:

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